O Inconsciente, os ambientes de sonhos e os traumas na arte de Tarsila do Amaral

O inconsciente de Tarsila se revela em algumas de suas obras, especialmente na sua fase antropofágica. Iniciada em 1928, a antropofagia da artista iria se prolongar até 1930. Tal fase artística, teve origem com a famosa Abaporu (1928). A obra, que apresenta uma figura monstruosa, de cabeça pequena, mas com pé, perna e mão agigantados, foi inspiração para o movimento antropofágico. Anos depois, Tarsila se daria conta de que a imagem produzida na pintura estaria vinculada ao seu interior, relacionada com situações ocorridas durante a infância. 

Das profundezas da artista, emergem para os trabalhos de arte um universo que lembra o onírico, com imagens próximas ao fantástico, figuras deformadas, enigmas, reminiscências infantis, paisagem melancólica e personagens que remetem à solidão. 

Nessa roda de conversa, vamos nos enveredar pelos caminhos das artes visuais e da psicanálise, por meio de obras de Tarsila do Amaral, uma mulher audaciosa para o seu tempo. Uma artista que, com suas tintas, imagens oníricas, perdas e força, queria se tornar a pintora do Brasil.

Mediação: Carla Belintani, Isadora Louza e Renata Cattacini

Convidada especial: Carolina Rezende, pesquisadora de arte.

Cursou Introdução à Arte Contemporânea na Sotheby's Institute of Art;  História da Arte na Panamericana Escola de Arte e Design; e é aluna  especial de Mestrado no Programa de Pós-Graduação Interunidades em  Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo - USP.

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