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18/08/22 - Projeto Travessias: Teatro e psicanálise. Um divã no palco ou o palco no divã?



Preparamos uma playlist especial pra você curtir enquanto desfruta do nosso material de apoio.

Travessias: Teatro e Psicanálise.




Como se constrói uma peça de teatro? Como os espectadores interagem e se afetam com a encenação? Esta relação é transformadora?


No próximo encontro do Travessias faremos um experimento artístico: uma leitura dramática. Atrizes lerão em voz alta o texto de uma peça de teatro e, por meio desta prática cênica, pensaremos juntos sobre a relação entre quem escreve/encena e quem lê/assiste. Qual o limite deste território intermediário, este espaço potencial, este “entre”?


A relação entre o autor e o leitor, quem escreve e quem lê, quem encena e quem assiste é um campo rico para pesquisa.

O autor de uma peça, assim como seu diretor e os atores que a encenam manifestam um propósito? Procuram produzir um sentido neste leitor/espectador imaginário? E o leitor/espectador, consegue elaborar o mesmo sentido? Ou outro? Ou outros? Infinitos sentidos?


Há o ponto de vista das atrizes que encenam, da autora que escreveu, mas também e


principalmente há o ponto de vista de quem assiste. Seria o texto/palco um território bidirecional, como um vetor que vai de uma ponta à outra e, ainda, além, nesta travessia de uma experiência artística?

Como escreveu Pontalis: “escrevo para um próximo que é distante, esse desconhecido que tem a graça inefável de estar próximo de mim, sem ser absolutamente eu”

Já Roland Barthes, sobre este território bidirecional, escreveu que “Na cena do texto não há ribalta: não existe por trás do texto ninguém ativo (o escritor) e diante dele ninguém passivo (o leitor); não há um sujeito e um objeto. O texto… é o olho indiferenciado… “O olho por onde eu vejo Deus é o mesmo olho por onde ele me vê”.”

Nas atividades da A Casa Frida procuramos elaborar coletivamente as perdas e lutos da vida a partir da arte, tendo a psicanálise como referencial teórico, método de pesquisa e de escuta. Usamos as múltiplas expressões artísticas como objetos mediadores. Livros, quadros, poemas, esculturas, filmes, músicas, peças de teatro, muitos já foram os provocadores de nossas discussões.


Neste próximo Travessias vamos mergulhar na experiência propriamente dita. Entremos juntos nos bastidores, nas coxias deste teatro que é uma experiência estética.


Embarque conosco nesta travessia de uma leitura dramática! Vamos viajar juntos nesta experiência estética e discutir quais sentidos podem se produzir, coletiva e individualmente.


 

Eu Sou Atriz - Barca dos Corações Partidos


A gente é só um pouco a gente mesma

Quando fala usando o próprio nome

A mulher descobre a própria natureza

Quando precisa usar a voz de um homem

Quando tem que fingir, representar

Buscar dentro de si o que não é


(Coisa engraçada, tão estranho)

Porém, tudo que tira é parte sua

Seu modo de ser gente, ser mulher

Cada pessoa é dez, é cem, é mil

É tudo que podia ser ou foi


(Então eu quero essa aqui)


Ela lembra o que fez

Ela lembra o que viu

E isso se torna parte dela bem depois

Estou ficando outra

A cada passo

O mundo está crescendo

Ao meu redor


Que coisa boa

Eu sou tudo o que faço

Tudo que escolho

Eu não sou uma só


Hoje eu posso ser tudo sendo eu mesma

Ser Iracema e ser tudo que eu quis

Esta será minha nova natureza


Olá, muito prazer

Muito prazer!

Eu sou atriz


Todo mundo é quem é

Mas traz consigo

Tudo quanto está

Quase ao seu alcance


A voz, o gesto, o rosto

A raiva, o riso

Do que não foi

Porque não teve chance

Hey!


“Eu sou atriz”, composição de Braulio Tavares e Chico Cesar, em “A barca dos corações partidos”






Quando?

18/08/2022


Roda de conversa on-line: das 19h30 às 21h


Onde?

Na sua casa através do aplicativo ZOOM - Baixar agora! - (Play Store) - (Apple Store)


 

O Link de acesso a sala ZOOM, será enviado para o e-mail cadastrado em nosso site às 8h00 no dia do evento.


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Perdeu algum dos nosso encontros? Assista as gravações em nosso canal no YouTube.


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