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Entre a Arte e a Dor: Frida Kahlo

Realizamos o nosso café debate pela primeira vez em um sábado, com a presença da artista Thais de Paula, que confeccionou uma ambientação especial com o tema da Frida Kahlo. Em uma casa aconchegante na vila Madalena, demos início ao nosso projeto itinerante.

Ser itinerante é uma proposta do projeto para circular em diversos bairros da cidade de São Paulo, ampliando a possibilidade do público ir às nossas rodas, com o objetivo de se tornar cada vez mais acessível e democrático. A Casa Frida é um conceito, por enquanto não possuímos um local físico, sendo assim sublocamos espaços para nossos debates.

Em homenagem a artista mexicana, que no último mês fez aniversário de nascimento e de morte, realizamos nossa roda com o tema “Entre Arte e Dor: Frida Kahlo”.

Tivemos como direção, questões instigantes e que continuam como tema de nosso estudo e pesquisa: Qual a relação entre a arte e a dor? Seria a arte um possível caminho para a elaboração do sofrimento?

Escolhemos a obra “Autorretrato com Vestido de Veludo”de 1926 pois foi a primeira pintura considerada séria e um recorte do filme “Frida” de Julie Taymor (2002) como disparador. Nossa intenção foi de fazer um recorte do momento após o acidente de Frida e no seu início como pintora.

Falar sobre as obras e biografia de Frida, é retomar o motivo de nosso projeto: acessar a arte, a dor e os possíveis caminhos que a psicanálise proporciona. Assim como em uma sessão de análise, em que criamos uma narrativa de nossa vida, a arte nos convoca para o mais íntimo que nos habita.

Frida pintava o que sentia, sua realidade, pois dizia que era o que conhecia melhor. Não ousamos analisar as obras, até porque a arte conserva seu enigma e as interpretações são singulares, assim como o sonho, algo sempre escapa ao sonhador. O resultado desse encontro, foi uma amostra de que a Arte tem a capacidade de nos transportar para além das palavras.

Seria o objeto artístico aquele que testemunha a imortalidade? Uma prova de que existe mesmo uma sobrevivência à morte? Como diria Borges, “o homem só morre depois que o último homem que o conheceu morre também”. Nesse sentido, fizemos mais uma vez com que Frida estivesse presente entre nós, por meio de sua história e do impacto de suas pinturas.

Viva la vida e viva A Casa Frida!

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