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O impacto das redes sociais na construção da subjetividade

A Casa Frida foi convidada pela Mind Miners para palestrar no evento Miners Next sobre o impacto das redes sociais na construção da subjetividade. No dia 9/10/19 falamos ao lado de Luiza Voll e Daniela Arrais, jornalistas e criadoras na área digital, e dos professores e comunicadores Eric Messa e Thiago Costa para uma plateia composta, em sua maioria, de

publicitários, empresários e profissionais de marketing.

Inspiradas em nossos eixos de pesquisa luto, arte e psicanálise, construímos nossa exposição abordando as principais fases do desenvolvimento humano, a partir do nascimento, passando pela adolescência e vida adulta, refletindo sobre a interferência da tecnologia e das redes sociais no caminho da subjetividade. Procuramos salientar os ganhos e, principalmente, as perdas e lutos implicados no uso excessivo dos recursos da Era Digital.

Para ilustrar, intercalamos nossa fala com imagens e trechos de filmes e seriados que, em nossa opinião, refletem nossas preocupações com sensibilidade. Foi um evento rico em troca e respeito ao ponto de vista alheio. Interessante observar as convergências e divergências entre nossas posições e o quanto podemos dialogar, sempre.

Em 1930 Freud afirmou que a psicanálise visa deixar o sujeito apto a amar e trabalhar. Podemos dizer que esta aptidão seria a medida de inserção no laço social. Hoje, 2019, esta inserção condiciona-se a fatores bem mais complexos. Não só amar e criar, mas informar-se em tempo real de todas as notícias, conectar-se, engajar-se, projetar uma autoimagem de sucesso seriam alguns indicadores e, porquê não, sintomas da atualidade que interferem no mal estar e adoecimento psíquico.

As noções de tempo e espaço, de si mesmo e do outro estão sendo reavaliadas e obrigando diversas áreas do conhecimento a repensar paradigmas e se reposicionar.

Como manter-se são diante de tanto ruído?

Nossa aposta continua sendo a presença, o olho no olho, a escuta atenta em espaços de reflexão, sempre mediados pela arte.

Não foi à toa que abrimos nossa fala com um cientista - Freud - e fechamos com um poeta - Octávio Paz, para quem “o ser humano tem uma dimensão terrível e outra sublime”.

Esta dupla face é a marca de tudo o que construímos. Que saibamos fazer um bom uso, menos terrível e mais sublime, das redes sociais.

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