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Luto & Grupo de Apoio

A perda de um ente querido é uma experiência que provoca dor e sofrimento. São momentos em que faltam palavras para dar sentido ao vazio dessa ausência.

Uma alternativa possível para lidarmos com eventos traumáticos é a construção de uma narrativa que nos ajude a elaborar a perda.

É bastante comum ouvirmos frases como “supere”, “fique bem”, “seja forte”, “tome um remedinho que passa”. São conselhos que tentam, em vão, abafar a dor. Para que o necessário trabalho de luto se inicie, é preciso dar voz e espaço a sentimentos e emoções, respeitando o tempo de cada um. Neste sentido, a dor - e a construção de uma narrativa sobre a perda - caminham juntas.

O nascimento é o nosso primeiro encontro com o desamparo. O bebê precisa do outro para ser acalentado e receber o amparo primordial para sua sobrevivência. O cuidado materno dá sentido simbólico às demandas do bebê, traduzindo seu choro em fome, sono, calor e frio, etc.

Após a etapa dos cuidados iniciais, o bebê se desenvolve, migrando da condição de sobrevivente a sujeito desejante.

A partir de então, vivenciamos inúmeras situações de perda. Elas são inerentes à vida e não estão sob nosso controle. Porém, as perdas mais impactantes, como a morte de um ente querido, nos fazem entrar em contato com um sentimento de desamparo estranho e, ao mesmo tempo, familiar.

Mesmo constituído psiquicamente, o adulto requer um cuidado externo que o conforte.

Nossa proposta é oferecer um grupo de apoio que fortaleça o vínculo de cuidado, tendo a arte como mediadora.

Além de favorecer a troca de experiências, a arte se transforma num terceiro elemento, que dá forma a sentimentos e emoções através da poesia, do cinema, da música, das artes plásticas, entre outras manifestações.

São 12 encontros pautados pelo ritmo e interesse do grupo.

Parafraseando Ferreira Gullar, “A arte existe porque a vida não basta”.

E quando as palavras não bastam, existe a arte no grupo de luto.

Enquanto o enlutado batalha contra sua própria dor, a arte se torna um recurso possível diante do desafio de construir sua narrativa.

Durante a pandemia, estão ocorrendo mudanças no campo da psicanálise. Uma delas é o trabalho on-line. Nos adaptamos ao formato remoto, oferecendo espaço para acolhimento e pertencimento.

Caso tenha interesse em participar, inscreva-se aqui.

Depoimentos de integrantes do último Grupo de Luto, em julho 2020:

"Completei há pouco a participação em um grupo de luto mediado pela A Casa Frida. Foi um dos processos de acolhimento e de auto conhecimento mais precisos que já passei. O cuidado e a compaixão demonstrados por cada uma das terapeutas me ajudou muito. Através das propostas do grupo me tornei capaz de direcionar a minha dor e o meu luto mal resolvido para caminhos positivos. Os exercícios e conversas além do laço criado com as demais integrantes do grupo fizeram com que a minha dor e meus sentimentos fossem reconhecidos e tratados. Não tenho como agradecer esse trabalho tão lindo e cheio de compaixão."

"O grupo foi um divisor de águas no meu luto. Nele aprendi a importância dos processos numa fase delicada, além de dividir histórias, construir amizades a partir de um momento de dor. Foi fundamental pra mim. Obrigada A Casa Frida, pelo lindo trabalho que desenvolvem."

"O grupo foi fundamental para que eu conseguisse entender meu luto, compreender como funciona esse processo e dividir com quem estava sentindo uma dor semelhante, a profunda tristeza que a gente sente quando morre alguém que amamos. Construí laços de confiança com minhas companheiras de grupo e ganhei habilidades para lidar com essa nova etapa da vida. A mediação das psicanalistas Carla e Renata conduziu o grupo com muita competência, cuidado e carinho. O grupo de luto foi o melhor autocuidado que eu poderia ter me proporcionado nesse momento tão difícil. Indico a todos que estiverem passando por esse momento."

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