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02/06/2022 - Tempo de sonhar - Um olhar para o envelhecimento.

“A única eternidade a que aspiramos é a do instante. Não desejamos ser imortais, mas temos a capacidade de ser atemporais, desde que permaneçam em nós todas as idades da vida.” Pontalis



Propomos um convite para reflexão:

O que nos causa essa travessia da passagem do tempo?

O tempo passa e os desejos se extinguem?

Ao envelhecermos a perspectiva do tempo se modifica?


Vamos abordar o conceito do tempo do inconsciente que é atemporal e nossa relação com o corpo físico que marca a passagem dos anos.

Uma travessia sobre o tema do envelhecimento, seus impactos e paradoxos.


Participe conosco! 02/06/22 das 19h30 às 21h

On-line via ZOOM!






Filme | "Elsa e Fred" de Elsa e Fred de Carnevale, Argentina - 2005


Elsa é uma romântica, que sonha encontrar um amor para recriar a famosa cena da Fontana di Trevi de "A Doce Vida", clássico filme de Federico Fellini. Fred é um homem pacato, ainda desacostumado com a recente viuvez. De mudança para um novo apartamento, ele se torna vizinho de Elsa, e o encontro muda a vida dos dois.


Filme argentino dirigido por Marcos Carnevale (2005)

Outra versão do filme dirigido por Michael Radford (2014)





Qual a expressão dos desejos no envelhecimento?


Qual o olhar do idoso em relação à vida e perante a morte?


Há paixão na velhice?


 

Livro | "Cadeiras de Balanço" de Drummond

(referência ao antigo e ao novo)


“Quando acontece de dizermos : Era melhor antes, estaremos sendo passadistas, vítimas da nostalgia de uma infância distante, de uma juventude já finda, de uma época anterior à nossa, na qual temos a ilusão de que seria melhor viver?

A menos que antes signifique um tempo fora do tempo, que escapa ao tempo ao tempo dos relógios e dos calendários.

Eu me recuso a retalhar o tempo.

Nós temos, eu tenho todas as idades.”

Pontalis


"Antes, depois: lidamos mal com nossa finitude, não queremos ser reduzidos à nossa existência efêmera, nos recusamos a ser apenas um indivíduo. Buscamos nos apossar desse tempo em que não éramos nascidos." Pontalis - Antes


Retrato - Cecília Meireles

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

— Em que espelho ficou perdida

a minha face?


Livro | "A cerimônia do adeus" de Simone de Beauvoir


Cecília Meireles, Epigrama, in Vaga Música, 1942:


A serviço da Vida fui,

a serviço da Vida vim;


só meu sofrimento me instrui,

quando me recordo de mim.


(Mas toda mágoa se dilui:

permanece a Vida sem fim.)


Playlist Spotify






Participe conosco! 02/06/22 das 19h30 às 21h

On-line via ZOOM!





 


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