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01/12/22 - Encontro 5 - Grupo de Reflexão - Tempo, envelhecimento e mudanças



Quando?


01/12/2022


Roda de conversa on-line: das 19h30 às 21h


Onde?


Na sua casa através do aplicativo ZOOM - Baixar agora! - (Play Store) - (Apple Store)




 

Este trabalho de Paula Costa @paulacosta.art é sobre congelar no tempo tudo que é importante para nós, que nos inspira. o que pode ficar para sempre.



 


Com esta poesia, Maria Silvia inicia o texto que iremos discutir.


VAIDADE


Sonho que sou a Poetisa eleita,

Aquela que diz tudo e tudo sabe,

Que tem a inspiração pura e perfeita,

Que reúne num verso a imensidade!


Sonho que um verso meu tem claridade

Para encher todo o mundo! E que deleita

Mesmo aqueles que morrem de saudade!

Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!


Sonho que sou Alguém cá neste mundo...

Aquela de saber vasto e profundo,

Aos pés de quem a Terra anda curvada!


E quando mais no céu eu vou sonhando,

E quando mais no alto ando voando,

Acordo do meu sonho...E não sou nada!...


Florbela Espanca, Livro de mágoas, 1978


Discutiremos a introdução do livro - págs 11 até 23.


O Tempo e os Medos: a Parábola das Estátuas Pensantes






 


TEXTO NOEMI JAFFE


Começar é fácil. Antes que a pessoa se dê conta, antes que decida,

o começo já se impõe. É só mexer o braço, piscar, deslocar um pé mais para a

direita ou para a esquerda e já é um começo. Nada definitivo ou grandiloquente

é necessário. Mesmo que tenha havido muito esforço de planejamento, muito

tempo no desenvolvimento do projeto, nada disso dificulta ou impede o começo.

Os problemas verdadeiros, os intransponíveis, acontec em depois: quando se chega

mais próximo do meio ou do final. É aí que aparecem o cansaço e a repetição e se

estabelece o passado, fonte de todas as dificuldades. No começo não há passado atormentando o caminho; só existe o futuro e tudo se desenha largamente à frente, como se as possibilidades se franqueassem e apenas o fato de ter começado já contivesse a própria conclusão. Os começadores se refestelam na expectativa que se abre e se sentem desbravadores de uma jornada vitoriosa. O pé que pisa o começo. a palavra que lhe dá início é sempre um gozo que se impõe como uma bota de soldado prestes a desfilar. Mesmo que seja uma palavra monossilábica,

como “pois” ou “lá”, quando ela se posta no começo soa como “cataclisma” ou “periclitante”. Seguida de um ponto final, então, não há quem a segure. No começo, ainda por cima, há a garantia de que todos darão a devida atenção, mesmo que não se saiba o que é. No começo é possível fingir que se quer alguma coisa e dar a ela uma aparência de peso, consistência e decisão. Não há solidão no começo; ele é a própria face da companhia que se oferece a todos amigavelmente. O começo diz: vamos, comece comigo, ao que todos se sentem livres e pensam como foram tolos de não terem começado, já que era tão fácil. O caminho, para quem acompanha a oferta tão simpática do começo, parece mais aberto e temos então a certeza de

que os problemas serão resolvidos...


Para baixar o texto e ler na íntegra, clique no ícone/botão abaixo.


OPÇÃO 1 (Site)


OPÇÃO 2 (Google Drive)





 


INTÉRPRETE DE MALES


Na barraca de chá, o sr. e a sra. Das discutiam

para ver quem levava Tina ao banheiro. A sra. Das acabou

cedendo quando o sr. Das observou que ele tinha dado banho

na menina na noite anterior. Pelo espelho retrovisor, o sr. Kapasi

viu quando a sra. Das saiu lentamente de seu grande

Ambassador branco, deslizando as pernas depiladas, bastante

à mostra, pelo banco de trás. Ela não segurou a mão da

menininha quando se encaminharam para o banheiro.

Estavam a caminho de uma visita ao Templo do Sol, em

Konarak. Era um sábado claro, seco, o calor de meados de julho

temperado pela constante brisa do mar, clima ideal para fazer

turismo. Normalmente, o sr. Kapasi não teria parado tão cedo no

caminho, mas, menos de cinco minutos depois de pegar a

família em frente ao Hotel Sandy Villa, a menininha reclamou. A

primeira coisa que o sr. Kapasi notou, quando viu o sr. e sra. Das

parados com a filha debaixo do pórtico do hotel, foi que eles

eram muito jovens, talvez nem tivessem trinta anos. Além de

Tina, tinham dois meninos, Ronny e Bobby, que pareciam idades...


Para baixar o texto e ler na íntegra, clique no ícone/botão abaixo.


OPÇÃO 1 (Site)


OPÇÃO 2 (Google Drive)





 

Playlist colaborativa sobre o grupo de estudos: Clique no logo abaixo para ouvir.





 

Encontro 05


Quando?


01/12/2022


Roda de conversa on-line: das 19h30 às 21h


Onde?


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Acesse o material de apoio dos encontros anteriores.











 




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